Seres Celestiais,
Seres Astrais,
Da Luz, do Abismo,
Venham de onde vier…
UM SÓ

Seres Celestiais,
Seres Astrais,
Da Luz, do Abismo,
Venham de onde vier…
A Lua grande, amarela,
Na varanda desta noite,
Deixa um beijo nas estrelas,
Deixa o mar chegar na beira…
Porque o homem que me devora
É o Lobo que me tem agora,
Me assombra e depois consola,
Me mata e me ressuscita.
Não era o luar mais sombrio,
Que acorda os fantasmas,
Desses que assustam a dama de branco.
Eram noites, cinzas de dias multicores,
Eram risos de dores…
Era uma dor febril…
Continue lendo…
Eu peço um minuto ao tempo,
Ainda que seja um lamento,
Desejo fazê-lo em poema,
Pra que não se perca no vento…
Minha alma, então, morreu…
Sem velório e sem enterro.
Só restou o pesadelo
Da carcaça do meu eu.