Ele ficava horas, sentado naquele banco de jardim bem de frente para a fonte, e por mais que fosse encantador o balé frenético das águas, não era isso que lhe chamava a atenção.
Também não lhe interessava a beleza encantadora ou a má sorte de feiura nas mulheres, porque não estava em busca de nenhuma experiência social.
Espairecer, também não.
Certo é que, desde criança, tudo o que ele gostava de fazer era pescar. Era pescador d’um artigo cobiçado: as ideias das pessoas.
E dentre todas as ideias que estavam por ali nadando havia senhas de aplicativos, traições de todo tipo, boas e más intenções. Mas, ele estava interessado nos assassinos, e nas suas intenções de matar.
Então, ele acha o futuro criminoso e fica na sua cola, até o momento do crime.
Um dia, numa de suas pescarias, surge um novo assassino. O homem persegue uma garota, ele não pretende abusar dela sexualmente, mas tem uma excitação enorme em apertar o pescoço da garota. Em alguns instantes ela estará morta.
Ele assiste passivamente a cena, até ser atingido nas costas por uma, duas três, quatro, ele consegue ficar de frente com um homem que continua a lhe esfaquear, sem entender o que estava acontecendo ele perde a consciência. Em instantes ele estará morto.
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