Lá vem a vida…
A vida de encanto,
A vida de canto,
A vida cantada.
Corrida, currada…
Solta, encurralada.
A vida que choro, que rio…
Choro de rir.
Vida vivida, vida passada,
Que aconchega, toca, se achega.
Ajuda, atrapalha…
Querida, desnecessária.
A mesma sonhada dormida,
Acordada… Com preguiça,
Comida, acomodada,
Ferida, Frida Abraçada…
Partida, chegada…
É vida, sem dúvida!
É a minha, é a sua,
Tantas vezes são as nossas.
É ela ali, dependurada,
Oferecida, entorpecida.
Atenta e atentada… Barulhenta!
Atrasada, apavorada.
E é a mesma, é a coragem,
É a piada, a sacanagem,
A camaradagem…
Facada.
Uma dura, um carinho,
Uma preza, uma presepada.
Uma certa.
Outra errada.
Lá vem ela de galope,
De gole, de golada, degolada…
De porre, de porrada.
De dia, de noite, de madrugada.
Amanhecida, ela vem.
Reclamada, declamada…
Cuspida e poetizada.
Vem na boa ou na marra.
Lá vem a vida…
Trapezunga, caindo sim.
Mas, ela se levanta,
Para seguir a vida.
Penápolis SP / década de 1990.
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