Em sua realidade, por meio de descobertas arqueológicas, sabemos que os povos da antiguidade, como os egípcios, já realizavam algumas operações complexas.
Eles conseguiram chegar a grandes avanços na medicina, graças ao seu sofisticado processo de mumificação de corpos.
Os mumificadores conseguiam muitas informações da anatomia, ao abrirem os corpos dos faraós para retirar as entranhas.
Mas, se existe uma realidade onde a medicina tornou o homem eterno, também houve uma onde nem a medicina e nem qualquer prática de cura foram estabelecidas.
O povo egípcio jamais passou pela Terra.
Nem na Grécia, nem em Roma e em nenhum outro lugar do mundo, houve um pioneiro que se interessasse por estudar os sintomas das doenças.
Tal assunto era um tabu e trazia toda a má sorte do mundo com ele.
O mundo nunca pode contar com o compromisso de Hipócrates ou os conhecimentos de Galeno, que jamais chegaram a receber a luz.
Na idade média, por uma forte influência da igreja católica, que condenava qualquer possibilidade de pesquisa cientifica, nem a própria prática da sangria foi tentada, se quer imaginada.
A humanidade chegou ao Renascimento Cultural, mas sem possuir interesse no funcionamento do corpo humano, pois este era um território que pertencia apenas à divindade maior, e não ao homem.
Haviam laboratórios debruçados sobre diversos estudos, mas nenhum que buscasse explicação para as doenças.
Quando o século XVII chegou, William Harvey era uma pessoa perturbada, que se autoflagelava, para se maravilhar com o próprio sangue, mas não possuia qualquer ideia sobre a existência de um sistema circulatório.
A influência cultural é capaz de suprimir ideias.
Harvey estava condenado a morrer tentando expressar uma ideia, mas não havia nada no mundo que pudesse florescer como estudo ou prática medicinal.
Nada.
Nenhuma vacina foi desenvolvida.
Nunca foram desenvolvidas drogas capazes de curar, controlar, ou de evitar doenças.
Existem aparelhos eletrônicos sofisticados, mas nenhum com a função de fazer um diagnóstico.
Não se espera dos avanços nesta área a possibilidade de uma vida melhor para as pessoas.
Quando alguém quebra um osso do corpo, carrega para sempre a marca de uma cicatrização sem cuidados, ficam aleijadas ou morrem por infecções em fraturas expostas.
Quando uma doença surge, a epidemia dizima milhões de pessoas.
Uma dor de dente pode levar a atitudes insanas, como a automutilação.
As pessoas arrancam os dentes apodrecidos com as próprias mãos.
Com o tempo, a civilização evoluiu em seus hábitos e em seu comportamento.
No século XIX o conhecimento pode contar com a invenção do microscópio acromático.
Com esta invenção, Louis Pasteur conseguiu uma descoberta única e singular: as bactérias são as responsáveis pela causa de grande parte das doenças.
Isto também não implicaria na descoberta da medicina, mas tornou o comportamento humano um pouco mais higiênico, nos seus hábitos e práticas do dia-a-dia.
As pessoas evitam ficar expostas aos riscos de um acidente, e eles passaram a ser cada vez menos frequentes.
Mantêm a tradição de hibernar nos dias de inverno e nos dias tempestuosos.
Não se expõem a mudanças bruscas de temperatura.
Atingiram um conceito que beira a perfeição em equipamentos que tem, como conceito inicial, a segurança na operação.
Trabalhos perigosos são executados por máquinas.
Os cuidados com a higiene foram percebidos como aliados de uma vida mais saudável, num mundo que nunca pensou em medicina.
A civilização moderna conseguiu estender sua expectativa de vida, mas a natureza continua ditando as regras no equilíbrio da população de humanos.
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