Amor é coisa pequena,
É egoísmo, é veneno.
Pouco vale, pouco dá.
Coisa boa não há de ser.
DOZE DE JUNHO

Amor é coisa pequena,
É egoísmo, é veneno.
Pouco vale, pouco dá.
Coisa boa não há de ser.
E o Estado solta seus cães adestrados,
Para pisar no rosto de meninas.
Meninas que pedem cultura,
Meninas que só querem Ser…
Seres Celestiais,
Seres Astrais,
Da Luz, do Abismo,
Venham de onde vier…
A Lua grande, amarela,
Na varanda desta noite,
Deixa um beijo nas estrelas,
Deixa o mar chegar na beira…
Porque o homem que me devora
É o Lobo que me tem agora,
Me assombra e depois consola,
Me mata e me ressuscita.
Não era o luar mais sombrio,
Que acorda os fantasmas,
Desses que assustam a dama de branco.
Eram noites, cinzas de dias multicores,
Eram risos de dores…
Era uma dor febril…
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